quarta-feira, 17 de julho de 2013

A Eternidade

A Eternidade sempre me intrigou. Seria a morte um ponto final para a caminhada existencial de cada um? Ou apenas um passo para a entrada na verdadeira vida?

O medo sempre visita o coração de cada pessoa. É infalível.  Alguns dizem não ter medo da morte, mas no fundo da alma de cada ser vivente uma manchinha de medo desponta no intento de alertar para a dúvida que nunca será respondida. O que acontecerá depois da morte?

A morte. Queria eu poder me encontrar com a morte, mas sem morrer. Fazer uma entrevista com essa senhora ou senhor tão misterioso. Tirar da cartola umas perguntas que a deixaria engasgada e talvez envergonhada, ou talvez mais soberba por ser a senhora dona de todos nós. Seria muito bom responder às perguntas que rondaram a existência humana desde Tales de Mileto. A partir daí, muitos doutores seriam desbancados, ou bufariam de glória ainda mais, acertando algumas possíveis respostas da Mãe Morte, considerando-se os donos da verdade a respeito da morte, ou não, o que seria mais gratificante ainda, vendo-os na muralha destruída por sua própria vergonha religiosa. Seria deleitoso derrubar a máscara de cera de alguns cidadãos “detentores da verdade”. A morte seria a dona da verdade, daria respostas não apenas sobre o funeral de cada um, mas traria consigo as respostas para as questões primordiais da humanidade. Posso imaginar como seria a Morte lançando seu próprio livro, visitando programas de TV e abrindo seu próprio Vlog no YouTube.


 Ela é a mais presente no cotidiano terreno, mas é a menos conhecida. Sim, é a menos conhecida, pois a única certeza que se tem a respeito dela é que um dia todos se encontrarão com ela. Uma visita curta, mas que é reveladora.

Talvez a vida e a morte sejam a mesma coisa. O que é a morte (o acontecimento trágico) senão um dos momentos mais breves que cada ser humano experimentará? Ninguém pode dizer que a morte é ruim, já que ninguém a experimentou! Mas mesmo assim tememos deitarmos em seus braços, pois temos medo do desconhecido. Então, forjamos teorias para diminuir nosso medo, nos segando com algumas ilusões facilmente destruídas, mas que mesmo assim, teimamos em usar, já que nosso medo é maior.

Ao entrevistar essa Senhorita Morte, ela poderia me responder se realmente existe outra vida. Sim, dessas que a gente sempre ouve nas frases soltas pelo ar: “Na outra vida eu gostaria de ser um gato para passar o dia todo dormindo”. Existiria realmente outra vida? Dessa e de outras respostas, provavelmente nós, seres humanos “vivos” nunca teremos respostas. Estamos realmente ao relento, imersos num mar de dúvidas que tem nos dado o pretexto de querer pesquisar, estudar e evoluir, mas criado também diversas guerras durante a história da humanidade, destruindo a nós mesmo. Uma simples resposta da senhorita Morte poderia ter evitado tudo isso.

A única coisa que sei é que nada sei. Só sei que, se sonho ou não, o que estou vivendo é real. Real. O que seria o Real? Não sei, apenas quero aproveitar a cada momento esta experiência maravilhosa que estou tendo e crescer com tais aprendizados. Talvez eu me questione demais a respeito da MORTE, e me esqueça de aproveitar a VIDA.

Apolo Pensador - Dayvid Fernandes

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